DESABAFO
Não sei mesmo o que eu faço aqui
Só sonhos e nada mais
Ás vezes quero sumir, morrer dormir,
Mas tenho medo do nada
Tudo que me resta é uma tristeza constante.
Que corrói à alma e o coração.
Toda às vezes que sorrio
O riso vem com o aviso da minha desgraça
[ constante e sem e graça]
Mas e daí, se me acham maluco,
Porque não, não aceito,
Até os beijos que me dão,
Não que eles sejam a véspera do escarro
Mas sei que no fim, é só solidão.
Sou apenas um escravo:
Dos meus professores que me dizem o que pensar,
Dos meus patrões que me dizem o que fazer,
Dos meus pais que me dizem com que sonhar,
Da igreja que falam até como devo foder.
Aí eu vou com os amigos para festa,
compro livro de auto-ajuda,
[alimento-me da ilusão]
Falo das minhas convicções que são dúvidas em movimento,
[tento escapar da solidão]
Você que não sente o que eu sinto (isso é pleonasmo)
Compreenda-me ao menos. É uma dor que vai se instalando, dissecando, enlouquecendo.
Não deveria ter sido concebido, tenho medo do desconhecido, pra onde vamos?
[Pra lugar nenhum]
Não sei mesmo o que eu faço aqui
Só sonhos e nada mais
Ás vezes quero sumir, morrer dormir,
Mas tenho medo do nada
Tudo que me resta é uma tristeza constante.
Que corrói à alma e o coração.
Toda às vezes que sorrio
O riso vem com o aviso da minha desgraça
[ constante e sem e graça]
Mas e daí, se me acham maluco,
Porque não, não aceito,
Até os beijos que me dão,
Não que eles sejam a véspera do escarro
Mas sei que no fim, é só solidão.
Sou apenas um escravo:
Dos meus professores que me dizem o que pensar,
Dos meus patrões que me dizem o que fazer,
Dos meus pais que me dizem com que sonhar,
Da igreja que falam até como devo foder.
Aí eu vou com os amigos para festa,
compro livro de auto-ajuda,
[alimento-me da ilusão]
Falo das minhas convicções que são dúvidas em movimento,
[tento escapar da solidão]
Você que não sente o que eu sinto (isso é pleonasmo)
Compreenda-me ao menos. É uma dor que vai se instalando, dissecando, enlouquecendo.
Não deveria ter sido concebido, tenho medo do desconhecido, pra onde vamos?
[Pra lugar nenhum]
Texto escrito pelo autor aos 17 anos.
Crise existencial? rs..
ResponderExcluirAdriano, vc melhor do que ninguém, sabe..
Os professores podem te dizer como pensar, mas os pensamentos são seus. Os pais, podem te dizer com o que sonhar, mas quem faz os seus sonhos e sua vida, é você. Quanto ao seu patrão, melhor fazer o que ele diz, até que você consiga superá-lo. E à igreja.. Bom, ela não estará entre 4 paredes com você..
A tristeza, assim como a felicidade, quem faz somos nós. Situações tristes podem ser transformadas em aprendizado e esperança.. Em carinho pelas recordações..
Enfim! Só é triste quem quer! A felicidade verdadeira está dentro de nós..
Que bom que vc tinha só 17 anos.. rs.
Caminhamos para lugar nenhum quando desejamos... ainda tem gente que insiste justamente nesse caminho quando é claro que há outros bem melhores. até.
ResponderExcluirFase boa, quando se passa por ela pensando. Parece que nada vai dar certo. A incerteza é total... Bem, pelo que tenho visto, essa incerteza não passa com o tempo, a gente só se acostuma com ela ou aprende que ela não é tão ruim assim.
ResponderExcluirESCAPISMO
Minha carne foi rasgada esta noite
Partida com navalha de pedra
A vida vista de cima não parece tão bela
E as borboletas tomam a bestialidade da fera
A impressão é de que tudo quanto se vê
É vão,sem conteúdo,prato sem fundo
Universo montado para que cada soldado
Marche sobre a própria derrota,sem fé
Quando nos desprendemos do cárcere pseudo-estatal
O chão não faz sentido,o padre perde o mito
E o andamento das coisas grandes toma nuances
De cobra que nasce e se come a todo instante
A fuga é desejada e protelada
Não por medo ou sujeição banal
Impedida por grilhões que nos seguram
A nós mesmos e ao fluxo temporal
Texto escrito por mim, que ainda tenho 17 anos.