QUASE...
Quando os meus olhos voltam-se para o presente e vejo aquele sorriso... tão puro, tão livre, tão pueril, tão gracioso, tão enleante, e diga-se...tão sedutor.
Sinto falta de sua dedicação canina!
De sua voz esganiçada melodiando no meu ouvido
Lembro daquele olhar maroto, gostoso, entregue, fogoso, voluptuoso que fazia da mirrada menina um vulcão insaciável de mulher.
Nunca mais as horas foram tão curtas
Nunca mais os dias foram tão quentes
Nunca mais sonhei e acreditei no delicioso mundo maluco...
Mundo que nos envolveu e transformou em amantes amados amorosos e amigos...
Não me lembro direito porque terminou... Juro, não lembro especificamente, mas tenho certeza que tudo se foi por...
Por quase nada...
E neste quase nada tudo foi sendo tragado...
O compromisso...
As palavras de carinhos...
A coragem indômita...
O desejo insaciável...
O sonho junto...
A sensibilidade...
O próprio amor foi mortalmente ferido...
E ela simplesmente...
Desapareceu!
Como se nunca realmente tivesse existido.
Mas não tenho certeza que terá fim... Porque algumas histórias...
Sempre existirão enquanto houver poetas, amantes malucos, totalmente insanos apaixonados e que depois de tudo isso ainda são capazes de amar.
Então toda vez que eu vir um sorrir gostoso, pueril, criança e completamente entregue de paixão, verei de novo seu saudoso semblante minha menina, minha mulher...
Por onde andas? Eu não te sinto mais!
E tudo Por quê?
Por quê?
Por quê?
Por quase...
Nada.
Adriano Cabral
Nossaaa...Poema espetacular!
ResponderExcluirMasss...uma pergunta que não quer calar...De quem são esses olhos???
falei que tinha um excelente poema aqui que eu tinha comentado antes!
ResponderExcluirRá !
Pablo, eu ainda não vi seu comentário. rs A propósito como você descobriu esse blog?
ResponderExcluirÉ triste ver um amor se desfazendo, alguém deixando de existir cheio de uma vida em potencial...
ResponderExcluirÉ triste ver tudo aquilo que se construiu se desfazendo, incluindo o próprio ser construidor...
É triste ver tudo acontecendo por quase nada...
Que olhar triste!
A foto me comoveu tanto ou mais que o poema...
Sabe o que é mais triste? Saber que uma possível grande história de amor tenha sido interrompida por Nada. Ou quase nada. E depois ficar pensando que se tivéssemos nos esforçado um pouquinho mais, se tivéssemos dado um pouquinho mais de atenção, de carinho, de amor.. Se tivéssemos nos orgulhado um pouquinho menos, nos humilhado um pouquinho mais.. talvez tivesse dado certo. Algo que nunca vamos saber. E nem sempre podemos voltar atrás.
ResponderExcluirÉ uma questão de "pouquinhos", ou QUASE nada..
Mas que podem acabar com o sonho de uma vida inteira.
Caso típico de que há pessoas que realmente tem muito mais do que merece. Enquanto há tantas outras que, com certeza, merecem muito mais da vida e tem pouco ou quase...nada.
ResponderExcluirÉ ficcional com cara de realidade.
Muito bom o texto! para variar.
Cacêtada, como esse cara escreve bem e toca lá lá lá lá bem fuuuuuuuuuuundo. Tens livro para vender não cara?
ResponderExcluir"Sempre existirão enquanto houver poetas, amantes malucos, totalmente insanos apaixonados e que depois de tudo isso ainda são capazes de amar."
ResponderExcluirGostei disso.