segunda-feira, 25 de julho de 2011

Copiando, Colando e Seguindo o Coração



Meu Universo é Você.


Quando te vi logo ali, tão perto

Tão ao meu alcance, tão distante, tão real

Tão bom perfume, sei lá...

Mas aos poucos foi abrindo minha visão, o jeito que o amor

Tocando o pé no chão, alcança as estrelas

Tem poder, de mover as montanhas

Quando quer acontecer, derruba as barreiras... E as barreiras foram sendo derrubadas

Mas um dia um adeus, eu indo embora, tanta loucura, por tão pouca aventura.

Amanheci sozinho, na cama um vazio, meu coração se foi sem dizer se voltava depois.

Logo fui vendo que é mesmo assim, a história não tem fim

Continua sempre que você responde "sim" a sua imaginação a arte de sorrir cada vez que o mundo diz "não"...

Ainda bem, você voltou e falou que queria ser mais que uma amiga, aceitei logo, você nem desconfiava o quanto eu daria por teu amor

Então foi tua boca na minha, seus olhos fechados são o meu maior momento dito em silêncio. Sua pele suave, sua mão que passeia em mim Igual o vento toca as gotas de orvalho

Eu nem sonhava te amar desse jeito, hoje tenho esse novo sol no meu peito...

Quero acordar, todos os dias te sentindo ao meu lado viver o êxtase de ser amado

E nesta carta musicada quero declarar que te amo e vou gritar pra todo mundo ouvir, ter você é meu desejo de viver, sou menino e teu amor é que me faz crescer, e me entrego de corpo e alma pra você.

Os versos não são meus, mas bem que podiam ser todos eles falam do que sinto por você e escrevendo, copiando, cantando encenando, é meu número, é meu jeito de ser seu fã nº1.

By- Adriano Cabral (Colagens de trechos de músicas de Roupa Nova e Guilherme Arantes)

domingo, 17 de julho de 2011

Definitivamente Não?



— Não!


— Se você disser que sim e aceitar o meu amor não prometo fazer tudo por ti, mas tudo que me é possível fazer por alguém...

— Não!

— Se você disser que sim ao amor que te ofereço eu não sei se poderei fazer sorrir cada pétala das flores que te der, duvido muito que a felicidade, sempre fugidia e efêmera, estará sempre presente... Mas sei que poderei, às vezes, até mesmo na hora de dor aguda arrancar-te um sorriso...

— Não!

— Se você disser que sim ao amor que te entregar não sei se serei capaz de criar os versos mais belos, compor canções lindas em teu louvor e comover-te ao som de alguma melodia minha, mas te garanto que o que sinto é tão intenso que vou pedir canções ao vento, versos ao luar, gotas de rima ao som da chuva e poesia ao ver o mar e estou certo que tal sentimento, força, irá te encantar....

— Não! Não!

— Eu não consigo entender esse seu jeitinho.... Ouço uma coisa de sua boca e seus olhos falam outra... olha, vem cá, se você não entende bem o que te digo eu te explico novamente com prazer...

— Ai, ai!

— Se você disser que sim e a este amor se entregar, finalmente encontrarás em mim teu verdadeiro e único amor.

— Não, não e não.

— Então desisto. Adeus e nem vou pedir que me esqueças porque, apesar do seu olhar dilatado, seus lábios trêmulos, sua face ruborizada, nunca estive dentro de ti, logo, não há o que esquecer. Dito isto ele caminhou em direção ao taxi que seguiria para o aeroporto. Ao chegar a porta do veículo, lançou um último olhar, ela já estava longe, ele gritou: Adeus. Ela respondeu na mesma altura...

— Não.

by- Adriano Cabral

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Notas de Amor - Felicidade Verdadeira.


Era uma vez um velho pobre rapaz que teve o coração dilacerado em milhões de pedaços e andava completamente perdido sem fé na magia e no encantamento...
Era uma vez uma jovem e linda moça que teve o coração tomado por uma força das trevas e aprisionada numa longíqua caverna que a impedia de ver qualquer traço de luz, magia e felicidade verdadeira.

E um dia, mesmo que todas as forças da natureza e da lógica não permitissem, eles se encontraram. E o pobre e velho rapaz começou a sentir-me menos pobre alimentando-se do doce perfume de seu sorriso...

E talvez a linda moça, no momento do encontro, tivesse seu coração pulsando, sentindo que até então, o que vivera era apenas sombra da verdadeira vida.

E o acaso cada vez mais os reuniam e uniam eliminando o ocaso que até então eram suas vidas. E cada vez o velho rapaz se sentia menos velho
E cada vez mais, a linda moça questionava a ilusória segurança de sua caverna.

E duas mãos se tocaram
E as almas se conectaram
E um beijo suave, terno, doce, sereno se tornou uma sucessão de beijos que falaram várias linguas encantadas de desejo.

E o rapaz deu para sonhar acordado com a moça, a encantadora

E a moça talvez tenha dado a sonhar com o rapaz à fugir daquela treva.

E um dia o rapaz e a moça, mesmo trocando juras, se separaram.
Pois a moça não acreditava que havia luz e beleza fora da caverna
E o rapaz, naquele instante em que a bela moça se ía, tornou-se apenas, velho e pobre.

E um dia de manhã o pobre velho, leu palavras mágicas da moça que lhe diziam que a felicidade de sua manhã logo ao despertar se fôra desde que a presença dele não mais se fez. Foi então que ele sentiu o poder mágico dela entrando em seu ser...

E neste dia o rapaz concendeu a moça o poder de o ter em suas mãos apenas com o estalar de dedos, pois o rapaz, enfeiçado pelos indifidáveis encantamentos da linda moça, queria dentre todas as coisas ficar pertinho dela.

E neste dia a moça falou ao rapaz que queria ser a sua esposa, sair da caverna e lá nunca mais voltar, e de lá partiu. Sentiu a luz, o calor, sentiu finalmente o que era o verdadeiro amor, a felicidade verdadeira.

E onde ficaram afinal as sombras? Para trás, nem mais fazem parte da história deste feliz casal.

O que mais se pode dizer? Que eu te Amo!

By Adriano Cabral.

domingo, 3 de julho de 2011

Idades do Sexo



                                              
Pré-História

      Eva passou horas no espelho, somada as tantas outras no cabeleireiro e todos os retoques aquela noite deveria valer a pena, afinal, ela ia mais uma vez encontrar o Adão. O vestido preto acima dos joelhos e decote generoso anunciava o que estava por vir. A campainha toca, ela corre, mal abre a porta e já está sendo sufocada pelos beijos de seu namorado que são retribuídos prontamente. Não dá para resistir e eles fazem ali mesmo, no chão da sala dos pais de Eva. Adão aguarda pacientemente sua adorada se refazer de toda aquela verdadeira luta do prazer. Já dentro do automóvel, as mãos continuam a procurar as mais variadas e criativas formas de deleitarem-se. O carro teve que parar na primeira rua escura, não dava para segurar até o cinema. No cinema foi impossível ver alguma cena do filme. Uma senhora, provavelmente com inveja do casal segundo Adão, chamou o lanterninha e ambos foram expulsos do cinema, mas felizes, pois logo, logo estavam no paraíso encontrado um nos braços do outro.


Idades da Paixão.

Cada mês de aniversário de namoro era uma comemoração. Fotos, vídeos e cartões eram publicados diariamente nas redes sociais. Adão e Eva estavam juntos em todos os momentos possíveis até mesmo nos improváveis. Ambos dormiam juntos todos os dias, ao vivo, por telefone e até pela via internet. Adão morava sozinho e Eva já tinha as chaves da casa. Não raro, ao chegar, ele se deparava com sua amada completamente desnuda e faminta. As poucas vezes que um saía sem o outro era um tédio só, afinal, como eles não cansavam de repetir: ambos eram um. As famílias sentiam falta, os amigos também, mas quem precisa de mais alguém quando se tem em dois todo um universo? Morar junto já não era uma opção, era a única coisa a se fazer, casados ou não. E após cinco anos de namoro casaram.

Período Industrial

      Ele era um dos principais comerciantes de peças automotivas de sua cidade. Ela tornou-se professora universitária. No primeiro ano de casados faziam amor cerca de três vezes por semana. No segundo ano nasceu pequeno Abel. Adão ampliou sua loja e Eva acabou o doutorado. Compraram o terceiro carro apenas para saídas com toda família. Abel deu os primeiros passos enquanto o casal agora se amava em seu ninho de amor duas ou três vezes por mês. A barriga crescia, não, não era outro filho, era o peso dos anos atingindo Adão. Eva não tinha mais tanto tempo pra ficar no espelho, tinha muita prova pra corrigir e planos de aula para elaborar. A cada quinze dias ela passava os finais de semana com a mãe, afinal família era muito importante. Enquanto Adão toda quinta-feira ia bater bola com os amigos, afinal, como se pode viver sem eles?

Certa noite, após passar vinte dias fora da cidade em razão de um congresso acadêmico a saudosa Eva, após banho tomado vai pra cama e deita de bruços por cima do maridão ansioso.
- Amor, quero fazer sexo!
-Eu também, já faz quase um mês, estou subindo pelas paredes. O olhar os olhos da esposa ele percebe que estão fechados, sacode levemente a mulher, ela desperta assustada.
-O que você quer Adão?
-Pensei que você queria fazer sexo, porra!
-Ah! Quero mesmo, mas estou com preguiça. Dá licença? Mas se você vai ficar bravo, faz aí, não me importo. Dito isto Eva deixou-se cair na cama de pernas abertas, no segundo seguinte dormiu. Adão desolado preferiu ligar o notebook e entrar na internet. E deitado ao lado de sua mulher nua, encontrou sua satisfação pela via ciberespacial.
Idade Moderna.
      Eva cada vez era menos encontrada em casa. Agora vivia incorporada a uma rotina de aula, cursos, palestras e grupos de orientação de mestrado e doutorado. Adão já estava com cinco filiais de sua loja, e vivia também mais atarefado ainda. Quando chegava em casa geralmente a esposa estava a sua espera, dormindo, quando não, plugada no computador se comunicando com alunos e colegas de trabalho. Tratavam-se carinhosamente, beijavam-se uma vez ou outra quando se encontravam. Sexo? Era uma ou duas vezes por mês, e olha lá. Para todos os olhos eram o casal perfeito com a família perfeita. Foi nesta época que Eva começou a sentir o doce sabor do pecado ao ser ostensivamente elogiada por Cain seu melhor orientando do doutorado. Em pouco tempo Eva estava rendida aos encantos da vil serpente. Há mais tempo Adão dava suas escapadas do trabalho para tomar cerveja na vila, estacionando seu belíssimo carro na frente do bar. Neste, as adolescentes encantadas pelo seu Tucson do ano disputavam uma com as outras na ânsia de proporcionarem prazer ao Adão.
      Às vezes Eva se perguntava por que Adão não insistia mais pra que ela cumprisse sua obrigação de fazer sexo com ele, mas preferia não pensar muito nisso.
      Às vezes Adão se indagava do porque Eva andar pra cima e pra baixo com aquele rapaz de óculos e cara de retardado, não devia ser nada, ele era apenas um garoto.

Fim dos Tempos.

Os anos se passaram, os filhos cresceram e casaram. Eva após ter sido abandonada por Cain que viajara pra Recife com outra, resolveu pedir o divórcio. Não era mais possível sustentar aquela relação. Adão ficou surpreso com a decisão da esposa insistiu, mas desistiu após ela destilar todo veneno acumulado de ano após ano daquela longa relação. Os filhos intervieram, os ânimos foram arrefecidos, promessas foram feitas e refeitas. A vida continuou na mesma levada, cervejas, alunos e uma cama, que definitivamente só serviria para dormir.
      Quando soube da notícia da morte de Adão, Eva estava deitada num quarto de hotel a milhares de quilômetros de distância de sua cidade. Ela já passava dos sessenta anos e não era mais capaz de seduzir alunos, ao lado dela, dormia tranquilamente um garoto de programa. Ao desligar o telefone, uma misteriosa lágrima solitária desceu de sua enrugada pálpebra, respirou fundo, aliviada, aninhou-se ao homem que ainda ressonava, e dormiu tranqüila.

by- Adriano Cabral