Na minha sede insaciável de leitura andei descobrindo blogs muito bons, e curiosamente os que mais gosto ultimamente são os de jovens escritores, com certeza não escrevia, e provavelmente ainda não produzo textos tão bons quanto os que leio hoje em dia. Inspirado neles,fui lá no meu baú e resolvi publicar duas relíquias. São poemas na minha opinião de estilo tosco e provavelmente sem grandes qualidades técnicas, no entanto, o que falta disso há de ter muito sentimento. E vai abaixo dois exemplos do tempo que eu acreditava que podia ser um poeta...
SÓ
Dor da solidão
Dor da solidão
Atroz divina
Coração despedaçado
Busca de um amor
Ruínas
Trevas invadem, tomam minha alma
Lágrimas rolaram
Quando ouvi uma canção de amor
O tempo
Corre lentamente
A angústia crescente
O vazio, um sonho ruim
A mais tênue esperança surge
Quando ao longe desponta o brilho de um olhar.
Mares
Decepções, sonhos partidos
Sentimentos degredados pelo fútil
Rejeição, agonia, separação
Vaidade sem sentido
Estou só novamente.
Melancolia
Tudo que resta
Recordações lúgubres, desditosa vida
Espero o fim que o bom Deus destinou-me
Um novo dia nasce afinal, e talvez
A morte acabe para sempre
A dor da solidão.
SÓ MAR
É difícil olhar a imensidão do mar
E não encontrar um ente querido
Mergulhar nas suas entranhas, buscar alguém, não encontrar ninguém
E ficar sozinho, perscrutando as trevas em busca de uma luz para apenas
Ser envolvido pela escuridão erma das águas.
Nadar em desespero, por todos os oceanos
Sentindo o vento gélido como única companhia
A vida perdendo sentido
Torpezas, dor, agonia.
As ondas traem-me
Trazendo-me esperança de boa ventura
Mas ao aproximarem-se, afogam-me na angústia.
É tão difícil olhar a imensidão do mar
Ver e estar entre tantos, e mesmo assim, sentir-se tão só.
By- Adriano Cabral
ps: Textos escritos entre os 14 a 17 anos.
Melancolia e nostalgia?!
ResponderExcluirUma combinação que eu adoro!
Como eu disse, realmente ia gostar de você.
É tão complicado e raro achar GAROTOS que escrevem e, principalmente, que escrevem tão bem. hehe
Os dois textos se aproximam muito do que me inspira.
Mais uma vez, adorei!
De sua amiga vovó. ;)
Lendo os seus ensaios de poema fui mortalmente ferido de nostalgia. Engraçado, quando entramos no mundo das letras (ou assim achamos que fazemos) as nossas angústias parecem ser as mesmas. Se me dissessem que esse poema era meu, feito na juventude, não diria que não era. Acho que todos passamos por isso. Corajoso você, em expor algo tão íntimo.
ResponderExcluirAbraços.
Que lindo! Eu não conseguiria fazer tão tocante!
ResponderExcluirbeijos
ohh...parabéns...desde menor revelando teus talentos...
ResponderExcluirmuitoO legal mesmo...difere de garotos na idade que tinha quando os escreveu...^_^
gostei...tens minha aprovação..=*
Quando a gente é jovem acha que pode tudo. E pode mesmo! O problema é quando crescemos e nos convencemos de que não podemos mais!
ResponderExcluirDá-me uma nostalgia imensa ler esses poemas... e me dá uma dor também: perceber que o tempo passou e não fiz muita coisa por mim,pelos meus sonhos de adolescente! O tempo dói muito para os que podem pensar!
Caro anônimo, realmente acabei ficando curioso com seu relato. Mas seja lá quem você for, se ainda esta vivo você pode TANTO QUANTO ao tempo que "era jovem". Acho que com a maturidade podemos até mais, mas temos essa coisa meio "retardada" de só perceber "tarde demais".
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