Júlia se olhou no espelho novamente e teve vontade de desistir. Estava um horror sem dúvida, e ademais, o que faria num lugar como aquele? Aquele barulho todo sempre lhe causava enjôos, será que realmente deveria ir? Os gritos da “galera” a acordaram do enleio. Automaticamente, sem pensar um segundo, abriu a porta de seu quarto e foi ao encontro de suas amigas.
Era a primeira vez que ia numa boate com elas. Quando mais jovem não foi pela mais pura falta de gosto. Depois, veio seu longo namoro que lhe consumiu quatro anos de vida na qual ela quase se afastou do mundo para viver só a dois. Namoro que acabara abruptamente há dois meses. Neste período, ela ficou enfurnada em seu quarto feito bicho do mato. Olhava as fotos, livros, poesias do seu antigo sonho, seu antigo amor! Antigo? (essa idéia parecia impossível de ser aceita, idéia? Fato) Mas o que mais lhe doía na alma eram os discos; infeliz é aquela que ousa guardar a discografia do ser amado, pois cada música conta uma história, cada uma contava sua própria vida. E já dizia o poeta que depois do fim de certos relacionamentos profundos se perde um pedaço de si. Destarte, as músicas mais pareciam uma elegia, uma sessão espírita daquele amor que morrera. Os momentos, cada detalhe, os sorrisos, as promessas, a paixão, a vigília ao telefone, os beijos... Todo aquele mundo que os impelia de viver tão somente um para o outro. E então vinham as lágrimas, como uma fatalidade, impossível de se evitar, como a morte. E em verdade quando um amor se vai não se morre só, no mínimo dois seres expiram para o vazio da eternidade. E nestes momentos de angústia, na solidão de seu quarto, não aparecia ninguém para lhe perguntar o que aconteceu, saber o que passava no seu coração, não havia nem ombro para encostar.
Então a Anne vendo a amiga naquele estado lastimável, não pediu, mas exigiu que Júlia fosse para aquele “programa de índio” (como ela não cansava de repetir com enfado). Anne respondia que ela deixasse de “onda” pois é muito bom sair com a “galera” para paquerar e curtir la doce vida. Acrescentava que a amiga deveria deixar de ser tão boba, ora bolas, ela só tinha 21 anos e só por causa de um namoro gorado iria se enterrar no quarto? Júlia assentiu, sem vontade de protestar. Não via mais nenhuma saída pra si. Por isso, tanto fazia se enterrar no quarto ou na medonha boate. Tudo estava perdido do mesmo jeito. Não adiante sair de casa se você sempre levará você consigo.
Ao chegar na boate o barulho era ensurdecedor, como não podia deixar de ser.
— Vamos dançar menina, vamos!
— Eu? tá maluca? Sabes bem que não gosto de dançar, mas adorarei “ficar te admirando”
— Deixa de coisa Ju, vem, vem, vem!
Completou Anne puxando com força a amiga para pista de dança. Júlia se sentiu, um verdadeiro peixe fora d’água. No meio do salão ficou parada observando Anne e as amigas balançarem freneticamente, achou-as ridículas, logo percebeu que ela mesma estava como boba, no meio daquela multidão, parada como uma estátua. Resolveu sair de fininho. A princípio ficou parada num canto qualquer observando as amigas. Por fim decidiu dar uma volta pelo lugar. Ao longe ainda pode ver Anne com “altos” olhares para um rapaz que correspondia às investidas dela rodeando-a e balançando-se em redor dela. Será a dança do acasalamento? Júlia não pode conter o sorriso ao pensar nisso. Resolveu observar aonde iria aquilo, mas logo veio o desfecho, pois Anne e o desconhecido já estavam atracados no meio da pista de dança, aos beijos. Júlia balançou a cabeça desconsolada, como alguém pode se entregar assim para um estranho? Apenas pelo momento? Resolveu continuar a explorar o lugar.
Quando já cansada, estava pensando em ir embora, mesmo que sozinha e sem avisar a ninguém para não escutar o: Já vai? Pôooooxa! Ela mudou de idéia ao se deparar com um verdadeiro “oásis” no meio daquele deserto ensurdecedor. Era um outro ambiente, isolado acusticamente, mais parecia um pub (bar inglês), com MPB rolando com voz e violão. Ela naquele instante pensou que a tal boate não era de todo mal. Entrou, sentou e pediu um refrigerante. Logo sentiu um frio na barriga e um leve tremor nas pernas ao perceber que estavam tocando “Dia Branco”. Não, não podia ser, logo esta música, pensou ela. E tal pensamento a levou de volta aos braços de seu amado, que provavelmente já estaria cantando a mesma música para outra. E esta reflexão já estava surtindo seu efeito: lágrimas clamavam sair por suas retinas. Mas estas só ficaram no clamor, pois as tristes lembranças de Júlia foram interrompidas por um rapaz que ousadamente sentara na mesma mesa que ela e a olhava, confiante, com um belo sorriso no rosto. Ela a princípio se assustou, contudo não havia susto que resistisse a tanta beleza. Isso mesmo, o rapaz era lindo. Ele a olhava sem nada dizer. Ela, por alguns instantes também ficou calada e encantada, aqueles olhos azuis, firmes a se fixarem nela como se exigisse “algo” que já é seu, como se já a dominasse. Passado o momento de delírio ela esperou que ele falasse alguma coisa, afinal, fora ele quem sentara em sua mesa. Entretanto, ele insistia no silêncio, e no olhar, isso mesmo, que olhar! Será que dizia tudo? Diante do impasse ela sorriu ruborizada e perguntou nome dele. Arthur... Respondeu ele, mas alguns segundos se passaram, ela não sabia como começar, de súbito ele falou: Arthur, seu escravo, pronto para realizar todas as suas vontades, desde se ajoelhar agora mesmo diante de teus pés quanto a carregar-te por toda cidade numa liteira, tudo, tudo farei tão somente para ficar, assim, só, ao teu lado. Aquelas palavras mexeram em alguma coisa dentro dela, suas pernas amoleceram, sentiu frio, seu coração bateu forte. Que voz, que voz! uau! Fazia tempo que não sentia aquelas coisas. Aquelas loucuras ditas por ele mostrava o quanto ele era espirituoso.Ela sorriu em resposta ao galanteio. Ele tomou suas mãos. Mas ela ainda queria conversar. Queria saber quantas loucuras românticas ainda poderiam sair daquela boca linda, saber quem era e o que pensava realmente aquele Don Juan. Ela tentou entabular uma conversa. Tudo em vão, parecia que o “papo” dele já chegara ao limite final. Ela insistia na conversa:
— O que mais se pode saber de Arthur?
— Que além de um amante abnegado e servil, é um médico que cura todas as doenças, principalmente as do coração. Possui um consultório aqui perto na Avenida Boa Viagem, tem um porsche estacionado na garagem, nunca precisou ficar “contando” dinheiro, e está louco para dar um beijo nesta tua boquinha e sentir este teu corpo coladinho no meu...
Dito isto ele passou para ação. Júlia abriu a boca, mas não para corresponder ao beijo, mas de espanto, sem pensar, empurrou o rapaz tão automaticamente quanto ele se aproximara, o encontrão, não obstante ter sido fraco, fez o “dono do porsche” perder o equilíbrio e cair pesadamente no chão causando uma gargalhada geral no bar. Arthur se levantou irado, chamando Júlia de vaca fresca. Se ela por acaso fosse alguma santa ou estrela para ficar fazendo doce, que ficasse em casa. Gritando, dizia que poderia arranjar um bilhão de mulheres melhores do que ela por um “preço” muito menor. Júlia não conseguia abrir a boca, aos prantos, no misto de revolta e vergonha. Jamais sonhara passar por uma situação daquelas. Todos olhavam o “barraco”, se sentia a última das mulheres. A cada insulto do médico rejeitado as pessoas gritavam em júbilo. Mas logo um rapaz, que observava tudo de longe, se aproximou e puxou Arthur para longe. Júlia permaneceu sentada, agora com os olhos escondidos nas mãos. Por mais que no momento do empurrão estivesse certa de ter agido da forma mais correta, agora tinha dúvidas. Parecia que as pessoas cochichavam “Que menina mais fresca, careta, atrasada, metida a merda mesmo!”. Teve vontade de sair dali, mas a vergonha de encarar naquele momento as pessoas que estavam no bar a impediu do intento. Estava já se sentido mal. Não sabia como proceder quando de repente sentiu um mão tocando levemente a sua cabeça. Ela gelou ao pensar que era o rejeitado que vinha de novo destilar seu veneno, mas mesmo diante do temor, encarou o dono da mão. Reconheceu, para seu alívio, que era o rapaz que afastara o Don Juan para longe.
— Ei garota! Fica assim não... Arthur é um abestalhado mesmo.
E— Não! eu que sou travada mesmo... Um bicho-do-mato, estou morrendo de vergonha, ele foi tão gentil e eu...
— ...Enquadrou o miserável. Dito isto, o rapaz deu um sonora gargalhada e completou imitando a voz: “Arthur, seu escravo, pronto para realizar todas as suas vontades, desde se ajoelhar agora mesmo diante de teus pés quanto a carregar-te por toda cidade numa liteira, tudo, tudo farei tão somente para ficar, assim, só, ao teu lado”
— Você escutou tudo? Perguntou espantada.
— Que nada. Ele repete isso para todas. Na verdade tá no livro daquele cara. O cearense...
— José de Alencar é mesmo... Deus! Ela mesma quase sorriu com o caso, o outro ainda ria sem parar e continuava.
— Seu único erro foi este minha filha! Aceitar cantada vencida, do século dezoito dá para acreditar?
Ela não conteve o riso, e tinha certeza que fora uma tola. As lágrimas se desvaneciam enquanto o rapaz repetia várias frases feitas de amor que Arthur utilizava, pois não conseguia criar nenhuma. Felipe, era o nome dele, falava pelos cotovelos. Possuía uma beleza mais comum. Bem humorado, ótimo domínio no jogo de palavras que parecia estar determinado a fazer Júlia sorrir. E conseguia.
— Quem eu sou? Uauu!!!! eu acho que sou eu ora bolas! Um pobre rapaz latino americano sem sabor, perdido nesta “festa estranha com gente esquisita...” Se eu não estou curioso em saber de você? Claro que não, pois amanhã você nem vai lembrar que eu existo. E completava cada frase com um sorriso maroto. E conversaram toda noite. O bar foi esvaziando, então ele começou de forma bem humorada a falar de si, de seus sonhos, e até de alguns pesadelos bem reais. Estava ali, assim como ela, sem saber por que. A conversa caminhava até que o garçom os intimou a irem embora, pois só estavam os dois lá e já eram horas de fechar. No caminho para o estacionamento os dois conversavam, um calor subia pelo corpo de Júlia, ela se sentia ao mesmo tempo em paz consigo e leve, se sentia capaz de voar. De súbito ele parou.
— É, pior que encontrei o carro “do papai” he! he! E agora.. Adeus né, foi um prazer mesmo falar contigo. Dizendo isto, ele foi logo abrindo a porta do automóvel. Júlia sentiu um dor no peito, uma angústia, não sabia o que dizer, seu carro estava há alguns metros dali. Mas agora não queria bancar a idiota outra vez, não perderia outra chance.
—Poxa! Devo ser muito chata mesmo... Disse isso baixando a cabeça, desolada.
— Porque blasfemas menina? Ela ergueu os olhos sapecas e respondeu:
— Você acreditaria que um cavalheiro iria embora deixando uma pobre garota, sozinha, no meio da rua, de madrugada sem oferecer uma carona? Ao ouvir isso, Felipe ficou ruborizado pois tudo dava a entender que ela tinha condução própria, o que realmente era verdade.
— Vixe! foi mal! acho que é essa minha amizade com Arthur que me contaminou. Pra onde?
— Jardim Atlântico, só fica do outro lado da cidade. Ao dizer isso, pensando no carro da mãe que ficaria no estacionamento pensou também na possibilidade de vida após a morte.
— Poxa! Estava rezando para que alguma coisa acontecesse, mas não conseguia inventar uma desculpa para ficar contigo um pouco mais, pensei até na hipótese absurda de fingir que estava sem carro...
— Ai! Que loucura, garoto, abandonar o carro “do papai” no estacionamento...
A conversa continuou animada no automóvel. Júlia já esquecia da vergonha da noite e até do carro abandonado. Quando já estava perto de sua casa, ela propôs ao rapaz que eles dessem um paradinha na beira mar para ver a aurora. Ele não se fez de rogado.
Naquela hora tudo era deserto, a luz advinha apenas da multidão de estrelas que ainda teimavam em brilhar palidamente no céu, mesmo sabendo que em breve o sol as devoraria. Eles estavam sentados na areia. A conversa não cessava um só instante. Júlia entrelaçou suas mãos nas dele, ela tremia muito, até então só tivera um namorado, jamais tomara a iniciativa, naquela noite já espantara um rapaz, e provavelmente Felipe nada fizera até então por temer ser rechaçado. Ou será que ele apenas tinha pena dela? O sol vinha, mais um dia, mais um espetáculo da natureza. Júlia sentia que a posição não era boa para uma “roubada” de beijo. Mas ela tinha que fazer alguma coisa, o sol já despontava no horizonte, seu tempo se acabava. Por isso, com a voz trêmula e rouca, criou coragem, e pela primeira vez em sua vida fez este pedido: ”Me beija!”. Não veio beijo, ela se desesperou e se levantou pensando em fugir. Que vergonha! Que vergonha! Ele a deteve, puxou-a com suavidade para si e a beijou, de leve, na tez.
— Não se preocupe menina, eu que estou com vergonha pois não sou como Arthur. Olha aí o sol nascendo, eu sempre acredito que o sol nasce todo dia, e mesmo que paire sobre nós a sombra da morte, enquanto ela não chega, sempre haverá um novo dia, e creio que teremos tempo. Tempo para que possamos nos conhecer melhor, e que não sejamos levados a nos precipitar num assunto tão delicado como é o do coração. Confesso que agora, neste momento quero muito este beijo, teus lábios desesperadamente colados aos meus. Mas talvez, amanhã, ao acordar, você não me ache tão, tão, assim, ou talvez eu mesmo ache isso de você. E não pense que estamos “perdendo” tempo. Ao contrário, quero usá-lo sabiamente. Para que o nosso beijo, se um dia surgir, não seja apenas, um momento. Mas um beijo gostoso, ansiado e esperado, um beijo que se não for de amor, que seja de real paixão, paixão que leva a dois seres se admirarem e se respeitarem. Que deixa marca a ferro e fogo em nossas vidas.
Três meses depois de muitos cineminhas, longas conversas ao vivo e ao telefone, cartas e até uma viagem. Eles começaram a namorar. Quatro anos depois estavam noivos, noivado que durou um ano até que casaram na Igreja dos Montes Guararapes. Anne foi a madrinha, junto com seu marido com quem casara há cinco anos, quem era o marido de Anne? Isso mesmo, aquele carinha que a beijou em poucos minutos de dança, na boate, no dia em que Júlia e Felipe se conheceram. Só não sei dizer se eles foram felizes para sempre. Só sei dizer que tudo começou, numa noite de sábado, numa boate... E você, não vai curtir o agito da noite...?
.. E QUEM IRÁ DIZER, QUE NÃO EXISTE RAZÃO...?
BY- Adriano Cabral
Às vezes a gente se coloca numa prisão na qual só existem caminhos fechados. Tantas possibilidades na vida, não é? rs
ResponderExcluirMuito bom o texto!Li-o com um sorriso no rosto... =)
Não existe receita, adriano. Simples assim.
ResponderExcluirAgora, venhamos e convenhamos... "dia branco" não, né??
kkkkkk
abração
Lindo. Lindo. Lindo.
ResponderExcluirViajei completamente no seu texto.
Vivenciei e pude sentir cada fase que a personagem passou.
A dor pelo fim do relacionamento; a desilusão; a resistência em sair com as amigas; a repulsa pela boate; sentir deslocada naquele ambiente; o alívio pela descoberta do lugar agradável e confortável; huummm e a música? Dia branco é tudo de bom...
E o encontro com Arthur...
A forma como vc o descreveu...
Pude “ouvir” as palavras saindo da boca dele. Confesso que tbm cairia na cantada vencida do séc. XVIII rsrs
E Felipe? Ele é um encanto e sensato. Ele percebeu que aquele momento não era o ideal para o beijo. Soube ser paciente e esperar o momento certo. Amei. Amei. Amei.
Parabéns pelo conto.
Abração.
Muito bom o seu texto:)
ResponderExcluirpq vc n escreve um livro de contos???
Que máximo, adriano. Romântico como sempre. Só vc mesmo para despertar a ilusão em nós mulheres de que ainda existem homens assim como Felipe.
ResponderExcluirQuem entende as forças do destino? Há males que vêm para bem.
"Quem irá dizer que não existe razão?"
smack!
adoro adoro textos assim! descreve bem o que a vida é: surpreendente! quando achamos que tudo está perdido, sempre aparece "uma luz no final do túnel", por isso é tão gostoso e doloroso ao mesmo tempo viver =) parabéns por mais um texto lindo! bjo bjo!
ResponderExcluirLINDO LINDO LINDO texto ! Tá de parabéns! Eu sou meio suspeita pra falar pq eu choro a toa ne.. hahahahahaha. Mas, enfim, gosteeei muuito ;)
ResponderExcluirAaahh.. Agora sim.. novamente o Adriano dos contos românticos apareceu! Já estava sentindo falta..rs. E que conto. Quase não conseguia parar de ler.. ;)
ResponderExcluirNa verdade.. eu era do grupo que não acreditava mais em felipes.. Afinal, depois de um "Arthur", a gente realmente fica com os 2 pés atrás. Mas... Num dia sem motivo, o meu felipe apareceu... ;)
Ainda existem Felipes.. hehehhe!
Adorei o texto! Mas continuo com a cabeça fechada em relação a boate.. hahahhaa... Odeio multidão. Mas, no caso dela, valeu a pena! Nunca se sabe, né? ;)
Beijo!
Às vezes as melhores coisas acontecem quando menos esperamos...
ResponderExcluirO Felipe do texto me lembrou um Felipe da vida real.
Adorei o texto.
smack
Lindo,lindo.
ResponderExcluirMaravilhoso,viajei tanto na historia....
NA VIDA PODE-SE TER VARIOS OBSTACULOS,MAIS IRÁ TER SEMPRE UM FINAL FELIZ!
Eu acredito desta forma Adriano,tiro por mim,estou sofrendo hj,mais nao no meu relacionamento e sim questões familiares,mais tudo passa uma dia tem q passar.
bjs♥
Um texto feliz o melhor texto desse ano?, não sei mas, tive escolher apenas um então foi esse, e todos dizendo lindo, maravilhoso...as pessoas gostam de histórias felizes, mesmo quando são tristes elas conseguem extrair um pouco de felicidade, mesmo que seja no futuro, mesmo que a historia termine triste, abrimos uma porta e imaginamos que o fracasso é apenas o ensaio para o sucesso, o fim de um relacionamento foi apenas um aprendizando para outro, sejamos felizes sonhando assim ^___^,seria muito triste desistir de sonhar, de viver
ResponderExcluirQuem um dia irá dizer
ResponderExcluirQue existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
Amei o texto... Magnifico, extraordinário.
ResponderExcluirDe uma sutileza admirável. A inocência do casal é linda...
Parabéns pelo texto Adriano!
me identifiquei MUUUITO!
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