Na minha opinião a maior parte das datas comemorativas são despidas de sentido, ou pior, são apenas desculpas criadas pelo “mercado” para se ganhar mais alguns trocados com as afeições ou repiques de afeições despertadas pelas tais datas. Seres humanos são praticamente coagidos a serem melhores, mais carinhosos, mais afetuosos, ou pior, forçados a presentear, mesmo quando assim não desejam, ou não têm condições financeiras para tal.
A data se torna, ao meu ver, mais perniciosa quando “comemora” um modelo de ser humano que deve ser idolatrado e valorizado independente da individualidade e da vontade, essas sim, inerentes aos humanos. Um bom exemplo disso é o dia internacional da mulher que se “comemora” hoje. A grosso modo esta data vem super valorizando a luta da mulher pela “conquista” do mercado de trabalho, pelas grandes realizações na “sociedade”, pelos “direitos iguais”," junto com a liberdade financeira. Tais “vitórias” são justamente o grande fracasso da mulher, e pior, mais uma grande derrota do ser humano como tal, nada de espanto, eu explico.
A mulher para adquirir “respeito” teve que necessariamente abandonar o convívio com os filhos, amigos, familiares e até mesmo seu parceiro. Isso a levou no mergulho da disputa insana do mercado de trabalho capitalista e, justamente pra nele vencer, teve que desenvolver os piores defeitos dos homens, tais como: a insensibilidade, a frieza e a dedicação quase que exclusiva ao trabalho, logo, acabou também ganhando no pacote as depressão, a solidão o infarto e conseqüentemente convidada a participar de um maior número de dissoluções familiares, desta vez, não por falta de amor ou algum adultério, mas simplesmente por falta de... Tempo.
A mulher deveria ter adquirido o respeito não porque conseguiu o poder financeiro, e sim porque o homem finalmente teria saído de sua bestialidade primal e descobrisse que as pessoas são importantes e devem ser respeitadas não pela quantidade de moedas que ela possa ganhar e sim por elas mesmas. Há muito tempo o próprio homem vem sendo forçado a cumprir papéis que lhe são “determinados” pelo modelo econômico e perdendo a qualidade de ser homem, ou até mesmo de ser um “parceiro” considerável se assim não o fizer. O capitalismo não animalizou as relações humanas, ele fez pior, ele as mercantilizou. Outrora o homem sozinho era marionete do “mercado”, sofrendo e vivendo bem menos que a mulher, esta agora, divide esse fardo com ele. Pior, a mulher tem que ser homem e ainda continuar a manter todas as qualidades e ônus até então típicos do sexo feminino, logo a angústia e frustração é quase que fatal. E a mulher moderna não tem escolha, ela tem que ser tudo.
Nem o homem nem a mulher auferiram direitos por si próprios, pois sem o poder financeiro nem um nem outro terão direitos nem serão respeitados, o resto é só pirotecnia discursiva.
Quem sabe um dia o ser humano como espécie se respeitará e admirará um ao outro apenas pelo que ele é e não pelo seu poder de comprar coisas.
E viva ao dia da mulher, pobre mulher.
Como mais ou menos dizia Emma Goldman, é que as mulheres burraram. A igualdade delas veio em cair no mesmo buraco negro que os homens, a exploração igual cegas pelo financeiro.
ResponderExcluirNada a comemorar!
Acho que, na verdade, a mulher não perdeu tudo. Ela pode administrar o seu tempo, se for consciente suficientemente para não cair na besteira de se deixar levar pela ambição que atinge a maioria dos homens. Ficar dentro de casa somente não é interessante. E quando os filhos crescem e você não tem mais de quem se ocupar? Penso que o equilíbrio deve ser o alvo. Trabalhar fora e ter uma vida profissional produtiva é interessantíssimo. Ao mesmo tempo, é importante cultivar a vida pessoal e familiar.
ResponderExcluirO grande problema aí mais uma vez é a "tecnologia do capitalismo" com as crises causadas pela quebra da bolsa em 29 e a segunda guerra mundial, as mulheres entram no mercado de trabalho por necessidade de mão-de-obra barata. Na medida que ela ganha mais os salários dos trabalhadores em geral diminuem. Resultado: hoje o casal trabalha para ganhar a mesma coisa que um só recebia há 50 anos atrás.
ResponderExcluirQue bom será o dia em que pudermos comemorar o dia do ser humano, não houveram conquistas foi apenas mainupulação do capitalismo selvagem, e sem querer ser cética, mas ja sendo, será que alguma vez houve uma conquista real, direitos humanos, direitos dos trabalhadores, direitos das crianças, liberdade, todos eles conquistados... conquistados? ou finalmente aprovados no momento conveniente para quem quer que fosse que estivesse no poder... gostaria de pensar em conquistas...mas tais desejos são tão manipuláveis por quem está no comando, que não consigo me enganar.. mesmo querendo
ResponderExcluirDiante de um mundo onde ainda se castram clitóris e se obrigam vestimentas femininas como a burca e ainda se vendem mulheres com o pretexto de um casamento entre famílias, EU PREFIRO SER UMA MULHER OCIDENTAL ANGUSTIADA...
ResponderExcluirAo defender a idéia que o processo de "coisificação" do ser humano, seja homem ou mulher, é algo maléfico, não implica em defender qualquer tipo de opressão ou costumes desconectados com a idéia de liberdade e respeito. Logo, usar burca ou praticar dote não se tornam condutas aceitáveis, assim como o processo que afasta a mulher E o homem ocidental de suas famílias e entes queridos para servir ao "Alá trabalho" torna-se uma faceta nefasta do mundo ocidental.
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