domingo, 17 de julho de 2011

Definitivamente Não?



— Não!


— Se você disser que sim e aceitar o meu amor não prometo fazer tudo por ti, mas tudo que me é possível fazer por alguém...

— Não!

— Se você disser que sim ao amor que te ofereço eu não sei se poderei fazer sorrir cada pétala das flores que te der, duvido muito que a felicidade, sempre fugidia e efêmera, estará sempre presente... Mas sei que poderei, às vezes, até mesmo na hora de dor aguda arrancar-te um sorriso...

— Não!

— Se você disser que sim ao amor que te entregar não sei se serei capaz de criar os versos mais belos, compor canções lindas em teu louvor e comover-te ao som de alguma melodia minha, mas te garanto que o que sinto é tão intenso que vou pedir canções ao vento, versos ao luar, gotas de rima ao som da chuva e poesia ao ver o mar e estou certo que tal sentimento, força, irá te encantar....

— Não! Não!

— Eu não consigo entender esse seu jeitinho.... Ouço uma coisa de sua boca e seus olhos falam outra... olha, vem cá, se você não entende bem o que te digo eu te explico novamente com prazer...

— Ai, ai!

— Se você disser que sim e a este amor se entregar, finalmente encontrarás em mim teu verdadeiro e único amor.

— Não, não e não.

— Então desisto. Adeus e nem vou pedir que me esqueças porque, apesar do seu olhar dilatado, seus lábios trêmulos, sua face ruborizada, nunca estive dentro de ti, logo, não há o que esquecer. Dito isto ele caminhou em direção ao taxi que seguiria para o aeroporto. Ao chegar a porta do veículo, lançou um último olhar, ela já estava longe, ele gritou: Adeus. Ela respondeu na mesma altura...

— Não.

by- Adriano Cabral

3 comentários:

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