segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O Motivo

     
      Érika dormia e acordava pensando nele. Sorria nas situações mais improváveis, sentia-se nas nuvens e tinha outras tantas sensações nem sempre apropriadas para algumas ocasiões. A cada momento consultava o telefone para ler alguma nova mensagem ou para reler aquelas palavrinhas que a levavam ao paraíso e tornava-a irritadiça, quase desesperada quando a bateria do celular findava. Estava definitivamente apaixonada e tudo indicava que estava sendo plenamente correspondida. Ela já tinha 26 anos e isso jamais acontecera. Todos os outros eram interessantes até se aproximarem o bastante apenas para demonstrar como eram entediantes, pegajosos e dispensáveis. Logo, ela não tinha dúvidas que agora tinha um grande problema. Para resolvê-lo foi  procurar marcar uma consulta ao guru Ágape que apesar dos seus poucos anos era a grande autoridade sobre vida, morte, amor e tudo o mais. Não cobrava nada pelas consultas mas sempre aceitava doações expontâneas. Seis meses depois Érika estava em sua sala.
- Ágape não entendo, já faz um ano e ainda me sinto completamente apaixonada, pior cada dia me sinto mais dele.
-E qual é o problema minha gatinha?
-Por que isso nunca tinha acontecido e definitivamente não entendo... Ele não tem absolutamente nada que idealizei num homem perfeito pra mim. Disse mulher exasperada.
- Você quer entender minha lindinha?
- Sim, não deve ser fácil, mas se existe alguém capaz de me iluminar é o senhor.
- Já disse pra não me chamar de senhor meu anjo! Mas sim, é fácil, mas para você entender precisa responder algumas perguntas honestamente, entendeu flor? Érika assentiu com a cabeça.
- Você me acha inteligente?
-Sim
-Você acha bom meu papo?
-Sim, não há melhor
-Eu te faço rir?
-Claro, quando queres és o ser mais divertido do mundo.
-Você acredita que poderia te proporcionar um bom futuro financeiro?
- O senhor é mais que rico, claro.
-Você me acha bonito e sedutor?
- Sim... Respondeu emrubescendo à face.
- Você é apaixonada por mim?
- Não! Respondeu assustada, logo em seguida ficou olhando o vazio fixamente como se tivesse feito uma grande revelação.
-Entendeu minha deusa de alabastro?
- Sim.


    Dois anos se passaram e Érika estava novamente na sala do Guru. Desta vez os olhos dela estavam apagados, olheiras fundas denotavam noites mal dormidas e a mulher que até então sempre se trajva com apuro além de mal vestida estava com os cabelos completamente desgrenhados. Quando o guru entrou na sala Érika se atirou de joelhos diante dele se derramando em lágrimas. Ágape pegou-a docemente pelas mãos e a conduziu ao sofá, limpou-lhe as lágrimas com um lenço perfumado e esperou a tempestado passar sem dizer palavra. Quando o silêncio venceu os soluços ele indagou-lhe o que a transformara num alma desesperada, ela sufocou as lágrimas e respondeu:
- Ele se foi mestre, ele se foi...
- Quem? Não me chame de mestre amorzinho.
- Ele chegou pra mim, sem mais nem menos e disse que queria um tempo. Eu não compreendi, não entendi. Fiz tudo certinho, tenho certeza, fiz tudo corretamente. Carinhosa, atenciosa, fiel, compreenssiva, não fui grudenta, deixei ele com todo espaço necessário a exercer sua individualidade, fiz coisas na cama que jamais imaginei que existissem, sou bem sucedida e admiro muito o trabalho dele. Não sei onde errei, eu não entendo. Eu pedi pra ele explicar e o filho da puta disse que o problema não era eu, era ele. Porra! É claro que o problema sou eu senão ele não queria um tempo... Uma amiga tinha me advertido que tinha visto ele aos beijos com uma dançarina de pagode de 17 anos. Mas não acreditei. Eu preciso entender, preciso saber onde errei, sei que não é um tempo.... Sei que é o fim, preciso saber o que tenho que fazer para consertar, preciso entender porque acabou. Preciso entender o motivo. Eu preciso!
- A resposta é simples.
- Ai que bom, sabendo poderei consertar tudo, poderei tê-lo de volta, qual foi o motivo dele me deixar, me explique mestre.
- Ele te deixou pela mesma razão que te levou a se apaixonar por ele...
    Ao ouvir aquela resposta, como alguém que se conforma com o luto, todas as estações ligadas a sensibilidade se desligaram pois ela teve a certeza que era o fim. Ágape envolveu-a num amplexo.
   Em algum lugar de seu ser Érika refletiu que algumas questões não devem ser respondidas nem tampouco compreendidas porque podem tirar de você qualquer coisa parecida com a palavra esperança.
by- Adriano Cabral.

sábado, 11 de setembro de 2010

11 de Setembro a Maior Fraude da História?

     
      A não ser que você tenha menos de cinco anos ou seja um completo alienado a data 11 de Setembro vai automáticamente te levar ao emblemático dia em que as torres gêmeas  de Nova Iorque foram atingidas por aviões e simplesmente desabaram. Logo depois o então presidente Bush tomou uma postura beligerante e declarou uma suposta "guerra ao terror". Virou um "consenso" na grande mídia que o ataque foi perpetrado por radicais islâmicos chefiados por Osama Bin Laden. Mesmo sem provas consistentes, mesmo sem autorização da ONU ou de qualquer órgão internacional os Estados Unidos bombardearam, destruíram toda estrutura já parca e finalmente invadiram o Afeganistão com a única desculpa de prender o suposto meliante Osama que curiosamente jamais foi pego e nem se fala mais disso. Prometendo modernizar e implantar um regime que primasse pelo respeito aos Direitos Fundamentais o USA derrubou o governo e um novo foi instituído. Contudo,  após tantos anos pouca coisa mudou no Afeganistão. Contiua ser o maior produtor e exportador de ópio, sua população continua sem seus direitos  fundamentais e os radicais islâmicos continuam mandando no país. Tanto, com relativo silêncio da mídia, recentemente um casal morreu apedrejado, leia aqui. Mas a turma do petróleo e óleo, ramos de atividade da Família Bush anda muito feliz por lá.

Foto durante ataque ao Afeganistão
      Até hoje, não há nenhuma prova consistente que houve um atentado executado por radicais árabes. E nem mesmo o patriota Jack Bauer personagem da série 24 horas acredita nas informações dadas pelo governo norte-americano, tanto que vira e mexe, no final de cada temporada a mão do governo está guiando os "terroristas". Será que assim  como as inexistentes armas de destruição em massa do Iraque o atentado de 11 de Setembro foi nada mais que uma audaciosa ação do governo norte-americano para legitimar suas ações belicistas e financeiras contra o oriente médio? Abaixo vai algumas teorias sobre o evento extraídas deste Link, vale a pena conferir, entre elas há a opinião de nada mais nada menos que o escritor Gore Vidal.
Kevin Barret – O acadêmico de Wisconsin se viu em meio a polêmicas depois de defender a teoria de que o 11 de Setembro teria sido planejado pelo próprio governo americano. Em seu blog, ele diz que “assumir que os EUA foram atacados por muçulmanos em 11/09 alimenta a percepção de que o Islã é uma religião violenta e os muçulmanos são culpados, antes mesmo de provarem inocência”. Membro do Painel Científico sobre o 11/09, ele é visto por parte dos americanos como ameaça dentro das salas de aula. Recentemente, Barret escreveu uma carta para Obama em favor da construção do centro islâmico em Nova York para “reparar o trabalho interno do 11 de Setembro”.
Morgan Reynolds – Ex-economista chefe do Departamento do Trabalho na administração de George W. Bush, o texano ganhou atenção pública quando se mostrou como o primeiro oficial do governo a culpar as próprias autoridades pelo suposto planejamento dos ataques do 11 de Setembro. É um dos membros da organização Scholars for 9/11 Truth, que questiona a autoria dos atentados. Em sua argumentação, Reynolds ressalta que, em menos de 72 horas após os atentados, Bush fez um discurso sobre a necessidade da união nacional e a coragem que deveriam ter os americanos frente à ameaça que se apresentava: “O conflito começou na hora e nos termos de outros. E terminará da maneira e na hora em que escolhermos.” Além disso, diz não haver nomes árabes na lista de passageiros dos aviões que colidiram com as Torres Gêmeas ou mesmo um vídeo dos suspeitos, dizendo que o FBI não apresentou provas suficientes na época dos ataques.
James Fetzer – O filósofo e acadêmico californiano é uma das vozes que se opõem à versão dada pelo governo americano de que o 11 de Setembro teve autoria de muçulmanos extremistas. Em sua investigação, Fetzer argumenta que o 11 de Setembro serviu para dar sustentação à onda neoconservadora que apoia intervenções e guerras envolvendo os EUA. Também levanta alguns pontos que colocam em xeque a natureza dos ataques, como a temperatura necessária para derreter o aço usado na construção das Torres Gêmeas (1.538 graus), que seria bem superior à temperatura desencadeada pela explosão por combustível de um avião (982 graus).
Gore Vidal – Para o historiador e escritor nascido em West Point (Nova York), o 11 de Setembro é um golpe de Estado liderado pela “Junta Bush-Cheney" (em referência ao presidente George W. Bush - e seu vice, Dick Cheney). No livro O Inimigo Interno (2002), Vidal considera a administração cúmplice dos terroristas. Ele questiona também por que o presidente Bush, também comandante-em-chefe, ficou paralisado em uma sala de aula na Flórida quando soube que os ataques estavam ocorrendo. Em seu ataque ao ex-presidente, ele garante: a principal razão que levaram os Estados Unidos a darem início à guerra no Afeganistão foi o desejo de controlar a passagem de riquezas energéticas para a Eurásia e a Ásia Central.

       Depois de tudo resta a você concluir quem pode ter mais razão.

by- Adriano Cabral

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

100 SEGUIDORES...



      Depois de um ano e nove meses de atividade este espaço completou o inesperado número de 100 seguidores. Inesperado porque nem em meus maiores delírios megalômanos eu imaginava chegar a tal marca, pra muitos um número insignificante, mas pra mim, pobre escritor amador que escreve apenas porque precisa e ama, mais do que marcante, mesmo que pareça cafona para alguns. Okey, eu confesso, alguns destes que compõem esta centena sem dúvida são amigos ou conhecidos que eu "convidei amigavelmente" a participarem. Mas em sua esmagadora maioria os seguidores são pessoas que não conheço e provavelmente jamais irei conhecer. As vezes elas chegam anunciando sua chegada e o motivo, como fez o seguidor de número cem Santiago Caamano, mas a maior parte chega de mansinho, senta e lá fica com sua carinha gravada na tela.
      Segundo meu programa de monitoramente o blog recebe em média mil visitas mensais. Não raro, fico imaginando quem são essas pessoas, como elas efetivamente chegaram aqui, o que sentiram ao ler e mais ainda, que efeito teve determinado texto na cabeça dessa gente.(Pouquíssimos comentam)
      E neste post big-brega quero agradecer a todos que conseguiram extrair algo interessante dos textos aqui publicados. Postagens que tem assuntos tão diversos que vão de relacionamento afetivo, literatura, morte a política. Não vou citar nomes desta vez pois meu obrigado é pra todos mesmo. Os que vem sempre aqui, os que deixam comentários super inteligentes e as vezes belíssimos, os que apenas lêem no silêncio insondável do monitor ou apenas os que passam aqui, franzem o sombrolho e saem. (risos).
      E depois de tantos pedidos pessoais e virtuais vou tentar, de verdade, publicar meu livro de contos. Talvez finalmente ganhe mais cem leitores.
Um grande abraço, e enquanto sentir esta necessidade de escrever e houver alguma coisa para dizer...
Estarei por aqui.

by- Adriano Cabral

sábado, 4 de setembro de 2010

NÃO TENHO MEDO, FICO DE SACO CHEIO MAS DOU RISADA



      A aprendiz de atriz metida a cassandra de quinta categoria Regina Duarte (Essa mesma da foto acima que faz sempre o mesmo papel em todas as novelas) protagonizou uma das cenas mais patéticas e vergonhosas da história da propaganda eleitoral brasileira (Tudo bem Tiririca vem aí) que foi a declaração de que tinha medo do Lula reforçando uma das táticas mais chifrins da política nacional: O terrorismo eleitoral instrumento bem forte na eleição de 2002. Tática fracassada, afinal José Serra então candidato a presidência da república apoiado pela terrorista foi massacrado nas urnas.
Em 2006, as vésperas da eleição, a polícia federal (que chegou ao local acompanhada da equipe do guia do PSDB) prenderam supostos petistas (Nenhum era do PT) com uma boa grana (que foi fotografada pela polícia e espalhada por todos os jornais do país, afinal, pra que sigilo de investigação policial?). Mas peraí, os caras foram presos porque mesmo? Por querem comprar um dossiê....mas... produzir ou comprar dossiê é crime? Não, não é crime, tanto que até hoje ninguém foi preso nem mesmo uma mera denúncia o ministério público fez. Mas o barulho foi feito e veio um segundo turno... Adiantou nada. A nova tática do denuncismo escandaloso barato não colou (Deu certo com Roseana Sarney, pensavam que ía dar certo sempre).
     A última agora é que houve uma suposta violação de dados do sigilo fiscal da filhota do Serra, um escândalo (faz mais de uma semana o imprensalão composta de Globo, Estadão e Folhão não param de falar nisso). E mesmo sem deixar muito claro o que efetivamente aconteceu, todos os noticiários deixam a impressão que um crime foi cometido para beneficiar a candidata do PT. Mas peraí... A candidata do PT está com o dobro de intenção de votos do candidato da oposição. Mas caro blogueiro não houve uma quebra de sigilo fiscal para beneficiar Dilma? Eu respondo esta pergunta com outra: alguém viu os dados fiscais da filhota de Serra divulgada em algum lugar? Que quebra danada de sigilo é essa que ninguém tem acesso? Mas todos os políticos da oposição repentem, a globo, repete, é como um mantra. E o resultado: mais uma vez não deu certo. Até  Fernando Rodrigues, membro proeminente do imprensalão reconheceu hoje em seu blog que o ardil não funcionou, afinal, Dilma não só manteve como ampliou ligeiramente a sua vantagem sobre Serra.
Isso não acontece por acaso pesquisa, revela que os brasileiros simplesmente não confiam mais na grande imprensa, ele fica vendo o Willian Hommer no jornal nacional e dando risada.
      Eu não tenho medo nem nunca tive. Na política sou muito prático, não dá para ficar com excesso de idealismos votando nulo ou não tomando posição. Logo, não tenho medo, às vezes fico de saco cheio do imprensalão e dos niilistas de plantão, mas no final, dou risada. Sem medo de ser feliz.

by - Adriano Cabral