terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Escrever é coisa de Infeliz? 2013 Responderá....

Comecei a escrever efetivamente aos doze anos. O mundo não me bastava, sentia a necessidade de reinventá-lo, seja para amá-lo mais ou quem sabe apenas suportá-lo. Durante a adolescência foram vários poemas e textinhos entre o melancólico ao nilista. Afinal, como a vida poderia ser boa se eu vivia só. Aos vinte, primeira namorada, parei de escrever. Só retomei três anos depois após levar um sonoro pé na bunda e ser abandonado pela namoradinha que inventou de curtir a vida na europa. Dessa desilusão surgiu um livro, que sou obrigado a confessar, considero a melhor coisa que já escrevi na vida.

Mas o tempo de solidão durou pouco, e pouco tempo depois estava de namoro novamente e logo após casei. Passei cerca de dez anos sem escrever com regularidade. Apenas em 2008, com separação e nova solidão acabei criando um blog e despejei mais de uma centena de textos, com os mais variados temas, para deleite de alguns poucos leitores que me visitavam regularmente. No entanto, não há mal que dure pra sempre, diz o ditado, sei lá, é algo parecido. Hoje novamente estou feliz no amor de bem com a vida no trabalho e o que acabou acontecendo? Deixei de escrever.

Não, os personagens não me abandonaram, as idéias não deixam de povoar meu inconscimente, mas o fato é que parece que só os infelizes realmente conseguem escrever.

Acabei de retornar de um show legal do Capital Inicial (apesar de alguns dos músicos da banda estarem realmente precisando de aulas) e passei o restinho do reveilon com a família. Estou feliz, é fato. E mais uma vez me veio a pergunta: Só os infelizes que conseguem escrever?

No século retrasado, algumas intelectuais, como o próprio Machado de Assis, defendia que quem apenas lê muito é um idiota, só os escritores poderiam se salvar. Será que é assim que me sinto às vezes? Um idiota que apenas lê?

2013 irá responder... Uma grande parte de mim quer provar o contrário.

Pois é, vou dormir, cinco e meia  da manhã (vixe isso ta parecendo facebook.rs)

Bom dia, feliz ano novo...
...e que venha 2013

5 comentários:

  1. Incrível. Compartilho da mesma idéia que você. Pra variar. hahhahahha.. Meu blog sempre esteve ativo durante meus momentos de tristeza.. Já nos alegres.. bem.. Parece que há mais pra viver lá fora do que pra se escrever aqui dentro. No fundo, quando estamos só... nossos pensamentos falam mais alto. Gritam quase. E aí, inspiração é o que não falta pra escrever.
    Mas.. Desejo que em 2013 você escreva.. mas não desejo que escrevas por tristeza. Apenas escreva. É bom saber que meu amigo escritor não se perdeu no meio de seus amores. ;)
    Smack!

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  2. Faço um dois nas palavras da Sayuri: "Desejo que em 2013 você escreva.. mas não desejo que escrevas por tristeza. Apenas escreva. É bom saber que meu amigo escritor não se perdeu no meio de seus amores. ;)". Afinal, gosto de ler seus escritos. Sou uma idiota. =)

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  3. Sayuri, realmente temos que escrever, principalmente quando estamos bem. Acho que assim podemos escrever, como direito, com mais "isenção". E quando a você Edlaine, tens provavelmente alguns defeitos, mas um deles, está muito longe de ser "idiota".
    rs rs rs

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  4. Tenho a mesma impressão. Entre 2011 e o começo de 2012 escrevi quase 300 poemas, que reuni num livro. Aí do meio de 2012 pra cá... parei. O que aconteceu de diferente? Um amor que preste. Tive (e tenho) coisas demais pra viver, lugares demais pra ir, não posso ir com o caderno do lado, porque a velocidade dos acontecimentos é maior que a da mão pra escrever. Talvez sejamos apenas escritores medíocres... ou talvez seja melhor viver que ficar escrevendo coisas, ainda mais num contexto em que milhares de outros se põem a escrever talvez as mesmas coisas e num mercado editorial supersaturado. Meu livrinho de poemas vai morrer comigo.

    Até um dia que eu for no Recife de novo!

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  5. 2013 e o pior ano da minha vida nunca queria que tivesse acabado 2012 as fezes chorro de saudade como agora que agabem de descobrir que minha vo morreu.

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